Em breve, o Senado será palco de uma audiência pública sobre a independência administrativa e financeira do Banco Central. Deverão estar presentes estrelas da economia e ex-presidentes do banco, como Henrique Meirelles, Gustavo Loyola, Marcos Lisboa, André Lara Resende e Paulo Nogueira Batista, entre outros. Vai dar muito o que falar.
O sujeito oculto da audiência será Roberto Campos Neto, atual presidente do banco nomeado por Bolsonaro, e cujo mandato termina este ano. Nos últimos 30 dias, Campos Neto jantou com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) duas vezes e sinalizou que aceita ser seu ministro da Fazenda, caso Tarcísio se eleja presidente.
Não seria o caso de senadores que apoiam o governo Lula aproveitar a audiência para montar uma encenação como a que se viu ontem? Uma atriz, a convite da bancada bolsonarista, pregou a favor do projeto de lei que manda para a cadeia crianças estupradas que interrompam a gravidez, e interpretou o papel de um feto à beira da morte.
Nada parecido aconteceu antes no plenário do Senado. Quem sabe a mesma atriz, que se apresenta como “contadora de histórias”, se bem remunerada, não faria da próxima vez o papel de uma viúva, pobre, desempregada, cheia de filhos, que não tem como alimentá-los adequadamente devido à política de juros altos do Banco Central?
Uma tremenda forçação de barra, admito, que não estaria à altura da peça lacrimosa original. Então, melhor que a independência administrativa e financeira do Banco Central seja debatida com a seriedade que o tema exige, de preferência sem concessões ao partidarismo, embora isso soe como uma tarefa impossível. De todo jeito, pode-se tentar.
Pela primeira vez na discussão de pautas referentes aos costumes, os fundamentalistas da direita e da extrema-direita colheram uma derrota histórica e serão obrigados a recuar. Simplesmente não há clima no Congresso para a votação de uma estupidez como essa de abrir as portas das cadeias para crianças estupradas que decidirem abortar.
O estupro marca para sempre a vida dessas crianças, como a de todas as mulheres submetidas a igual violência. É uma ferida que não cicatriza nunca. Ninguém é a favor do aborto. Mas a maioria dos brasileiros, por todas as pesquisas que se conhece, é contra o encarceramento de crianças e de mulheres de qualquer idade que abortarem.
Já passa da hora de se ouvir mulheres e filhas de deputados e de senadores sobre o que elas pensam a respeito. Ou mulheres e filhas de deputados e de senadores não abortam, nunca abortaram, e descartam a hipótese de virem um dia a abortar? A vantagem dessas mulheres é que elas têm dinheiro para pagar um aborto seguro e sabem que jamais serão presas
Chega, basta de tanta hipocrisia!
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