Seca deste ano chegou mais cedo e com maior intensidade, afetando diretamente o trabalho dos catraieiros, que buscam alternativas para mitigar os impactos econômicos. Com a estiagem, os catraeiros ficam se poder trabalhar
Amarildo Gonçalves/ TV Tapajós
Os catraieiros da vila de Alter do Chão, distante 37km da zona urbana de Santarém, oeste do Pará, conhecidos por transportar visitantes e turistas entre a orla e a Ilha do Amor, já estão enfrentando os desafios significativos da seca, que este ano chegou mais cedo em comparação com o ano passado. A situação tem gerado preocupações sobre a continuidade das atividades, e muitos profissionais já pensam em paralisar os serviços temporariamente.
“Já sentimos muito essa seca, já sentimos um impacto econômico na nossa renda aqui. No ano passado sentimos isso, mas foi um pouco depois. Este ano, veio mais cedo”, destacou o fiscal do Conselho Fiscal dos Catraieiros, Idelino Oliveira.
Ainda de acordo com Idelino, se a situação continuar a piorar, a única alternativa será “ficar de férias” e interromper temporariamente as operações, algo que afetará diretamente a economia local. Além disso, Ivelino comentou sobre a possibilidade de oferecer passeios alternativos para turistas, como um passeio pelo Lago Verde.
“A gente tem essa opção também para os turistas e para o nosso povo de Santarém. Os visitantes de Santarém são turistas também, e a gente os trata com o mesmo respeito”, afirmou.
Segundo a Defesa Civil de Santarém, a situação vem sendo monitorada de perto, e segundo a coordenadora do órgão, Luciane Sousa, a seca deste ano é mais grave do que a do ano passado.
“O rio não subiu o suficiente devido à seca do ano passado, e muitas comunidades estão enfrentando dificuldades de acesso”, explicou a coordenadora interina da Defesa Civil, Luciane Sousa.
A situação é tão crítica que a Defesa Civil já está coletando dados para iniciar o processo de decretação de situação de emergência.
Com a estiagem, sendo a maior que a do ano passado, compromete o turismo local
Amarildo Gonsalves/TV Tapajós
Segundo Luciane, os catraieiros serão incluídos no decreto, o que permitirá que eles recebam assistência, como kits humanitários, semelhantes aos que são distribuídos nas regiões ribeirinhas.
“O volume do rio está um metro menor do que no ano passado, e o impacto já é visível”, alertou Luciane, que informou que a estiagem já é uma realidade e vai exigir medidas urgentes para minimizar os danos.
A antecipação da seca tem colocado os catraieiros em uma posição vulnerável, forçando reconsiderar suas operações e a buscar alternativas para evitar prejuízos maiores. A esperança é de que as medidas emergenciais possam amenizar o impacto econômico e social causado pela seca.
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