Felino nessa região é bem maior que os que ocorrem no Brasil, apesar de ser a mesma espécie. Trio de fotógrafos flagrou dez pumas em cinco dias de expedição Brasileiros ficam a menos de dois metros de onça-parda com filhotes no Chile; veja vídeo
Os fotógrafos de natureza e amigos Henrique Olsen, Gustavo Gaspari e Gustavo Figueirôa trabalham há anos com conservação de vida selvagem, principalmente no Pantanal. Juntos, planejaram uma viagem até o Parque Nacional Torres del Paine, na patagônia chilena, para tentar ver uma puma de perto.
Puma, onça-parda, suçuarana, leão-da-montanha são alguns nomes usados para falar da mesma espécie, a Puma concolor. Com a maior distribuição latitudial de todos, o felino ocorre por todo continente americano, tendo se adaptado a diversos biomas.
Localizado na Região de Magalhães, o parque nacional é conhecido pelas paisagens geladas exuberantes, pelas pradarias e também pela vida selvagem, com um turismo consolidado na observação das onças.
Brasileiros fotografam onças-pardas na patagônia chilena
Gustavo Figueirôa
Com a contratação de um guia nativo e experiente, o trio saiu em busca dos felinos e em apenas cinco dias conseguiu flagrar 10 onças-pardas, sendo pelo menos oito indivíduos diferentes. A busca foi feita de carro, mas assim que encontravam as onças podiam descer e ficar bem perto dos animais, sem prejuízo a eles.
Embora estivesse acostumado a ver e trabalhar com onças-pintadas no Brasil, Gustavo Figueirôa, biólogo e diretor do SOS Pantanal, nunca tinha visto uma onça-parda em vida livre.
“Foram vários avistamentos diferentes de machos, fêmeas e até uma fêmea com dois filhotes que passou a menos de dois metros de nós, esse foi com certeza um dos encontros mais incríveis que tive com a vida selvagem”, relata ele.
“Ela estava super calma, veio na nossa direção, então isso mostra que a onça está super tranquila com a presença dos humanos. Enfim, pra mim foi incrível, foi uma experiência única nessa paisagem maravilhosa”, relembra Figueirôa.
Eles ficaram a menos de 2 metros dos felinos
Gustavo Figueirôa
Diferenças entre felinos
Esse comportamento mais calmo é uma das maiores diferenças com as onças-pardas brasileiras, segundo o biólogo Gustavo Gaspari. Ele trabalha em campo há 12 anos e uma única vez viu de relance uma puma no Brasil.
“Aqui elas deixaram a gente se aproximar, ficaram tranquilas, diferente das brasileiras que são sempre muito ariscas, raramente chegam perto de pessoas, deixam ser vistas. Então, pra gente foi um sonho incrível. Pra mim, pessoalmente, foi uma oportunidade única na vida de poder ver esses bichos de perto e realmente conseguir observar eles de verdade”, conta.
As onças-pardas chilenas podem ultrapassar os 100 quilos
Henrique Olsen
Além do comportamento, outra diferença enorme é o tamanho. De acordo com o Projeto Onçafari, as populações de pumas dos extremos do continente (Chile e Canadá) são animais maiores e mais robustos, pesando em média 75 kg. Já populações de regiões tropicais tendem a ser menores, pesando por volta de 50 kg.
Nessa região chilena em específico, as onças podem ultrapassar os 100 kg. “Aqui elas são maiores pelo tipo de alimento e pela paisagem como um todo. Elas comem bastante o guanaco, por exemplo, que é um bicho enorme, que parece uma lhama. Então, como são campos abertos aqui, tem bastante disponibilidade de comidas e elas são maiores”, esclarece Figueirôa.
Nas pradarias chilenas, puma é avistada com dois filhotes.
Henrique Olsen
Para o fotógrafo e guia de vida selvagem Henrique Olsen, esse tipo de turismo une a preservação da natureza com o fomento da economia local, algo imprescindível para proteger as onças ao mesmo tempo que garante também a sobrevivência de várias famílias. Ele que já realiza esse trabalho no Pantanal voltado a observação de onças-pintadas, agora expande a atividade para as terras chilenas.
“A gente ficou muito impressionado com a qualidade dos avistamentos e já tô organizando viagens pra 2025. Faz cinco anos que eu vim aqui a primeira vez e pude observar a mesma fêmea, que chama Petaca, de novo. A ideia é trazer mais brasileiros e estrangeiros para realizar um ecoturismo responsável, ajudando na conservação dos felinos e também na vida dos guias locais”, finaliza.
Tem pelagem macia, de coloração acastanhada por todo o corpo à exceção da região ventral que é mais clara.
Gustavo Figueirôa
A expedição termina nesta terça-feira (28), mas os vídeos e as fotografias eternizaram os encontros com o segundo maior felino das américas.
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