Na Europa, a capital do Reino Unido precisou erguer uma barreira contra os alagamentos após uma das piores enchentes da história do país, que deixou 500 mil pessoas desabrigadas, matou 300 – e fez as autoridades se mexerem. Entenda o sistema de barreiras que previne enchentes em Londres
Nas últimas cinco semanas, o Brasil acompanhou o resultado do transbordamento do Guaíba, da Lagoa dos Patos, de rios e riachos no Rio Grande do Sul. Esse desastre histórico levantou muitas questões sobre formas de evitar que ele se repita, sobre sistemas de proteção mais eficientes. Na Europa, a capital do Reino Unido também precisou erguer uma barreira contra os alagamentos. E já se vão 40 anos.
Foi um temporal que traumatizou de vez a Inglaterra. Era 1953. Uma das piores enchentes da história do país deixou 500 mil pessoas desabrigadas, matou 300 – e fez as autoridades se mexerem.
Primeiro dragaram e alargaram quase um terço do famoso Rio Tâmisa, que serpenteia por 346 km o sul da Inglaterra. Depois, nos anos 1980, a obra principal: a construção da Barreira do Tâmisa, inaugurada pela Rainha Elizabeth II. Custou o equivalente a R$ 1,5 bilhão em valores da época. São dez portões de aço imensos. Cada um com a altura de um prédio de sete andares: 520 m de proteção, de uma margem a outra.
Quando chove demais, os portões sobem e fecham o caminho para a água. Assim, o sistema impede que o rio transborde por causa de temporais e também na maré alta do Mar do Norte, onde o Tâmisa deságua.
A barreira protege uma grande área central em Londres:
as casas do Parlamento britânico;
a icônica Tower Bridge;
116 estações de trem e metrô;
300 km de estradas importantes;
e milhares e milhares de casas.
Desde 1984, quando começaram a funcionar, as gigantescas comportas já protegeram Londres de 221 enchentes. Dez anos atrás, por exemplo, evitou o pior nas tempestades devastadoras daquele inverno. A barreira foi acionada 50 vezes para bloquear a maré mais alta das últimas décadas. Nenhuma casa em Londres ficou alagada.
A solução inglesa resolveu um problema inglês. Não se aplica a qualquer lugar do mundo. Cada um tem uma geografia e um regime de chuvas.
Essa obra foi inaugurada com uma capacidade extra, já pensando no derretimento das geleiras, que aumenta o nível dos mares – e que na época nem era uma grande preocupação da humanidade. O fenômeno também colabora para os rios transbordarem.
Espera-se que a Barreira do Tâmisa seja capaz de proteger Londres até 2070. Uma revisão está em andamento para saber se dá conta mesmo. A realidade que a gente vive, de crise climática, vai impactar os planos de modernização do projeto.
O governo já confirmou que, para deixar o sistema preparado para as mudanças climáticas causadas pelo homem, vai melhorar a infraestrutura não só das comportas. Por exemplo: os muros de defesa contra inundações ao longo do rio vão precisar ficar meio metro mais altos.
Antes disso tudo, a cidade estava entregue aos leões. Esculpidos em 1868, eles eram um sinal de alerta. Eram – e ainda são – uma marca de nível. Como guardiões, definem o limite seguro das águas antes de uma inundação.
Um ditado diz: “Quando os leões bebem água, Londres naufraga”.
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