As autoridades policiais sul-coreanas conseguiram passar por apoiadores de Yoon Suk Yeol que fazem barricadas no palácio presidencial, mas entraram em conflito com o serviço de segurança do presidente destituído, recuando da ação. Autoridades policiais recuam de tentativa de prisão do presidente sul-coreano destituído
Imagem: Reuters
Autoridades sul-coreanas suspendera a execução do mandado de prisão contra o presidente da Coreia do Sul Yoon Suk Yeol.
Na tarde desta sexta-feira (3) (no horário de Seul), as forças policiais disseram ter conseguido driblar os manifestantes pró-Yoon Suk Yeol que estão no local e entrar nas imediações do palácio presidencial, mas foram confrontados por agentes do serviço de segurança do presidente destituído.
“Em relação à execução do mandado de prisão hoje, foi determinado que a execução será impossível de ser efetivada, por conta do impasse em curso [entre as forças policiais e o serviço de segurança do presidente]”, disse um representante do Ministério Público sul-coreano.
Preocupações quanto à segurança dos agentes no local foram levantadas para justificar a suspensão.
Yoon Suk Yeol possui contra si um mandado de prisão expedido no dia 31 de dezembro, após o presidente negar-se a prestar depoimento à Justiça.
O presidente sul-coreano está sendo investigado criminalmente por tentativa de insurreição após o decreto de Lei Marcial no dia 3 de dezembro.
A ordem judicial tem validade até a segunda-feira, dia 6 de janeiro, e permite que a polícia matenha Yoon Suk Yeol preso por, no máximo, 48 horas.
Relembre a crise
Yoon Suk Yeol surpreendeu o país ao declarar, em cadeia nacional, uma Lei Marcial, que substituiria a legislação padrão por leis militares e acarretaria a restrição de direitos civis na Coreia do Sul. Na oportunidade, ele dissera que o decreto visava “proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas”.
O parlamento reagiu rapidamente ao decreto, revogando de maneira unânime a medida e instaurando um processo de impeachment cuja conclusão ocorreu no dia 14 de dezembro.
Apesar da promulgação do impeachment, Yoon ainda é o presidente da Coreia do Sul. Sua destituição definitiva está sendo julgada pelo Tribunal Constitucional sul-coreano, que tem até 6 meses para decidir se acata a decisão do Parlamento.
Enquanto isso, o país está sendo governada interinamente por Choi Sang-mok.
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