Apuração sobre morte de Gritzbach está “muito adiantada”, diz polícia

São Paulo — A investigação sobre a morte do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), está “muito adiantada”, de acordo com um integrante da força-tarefa montada para apurar o crime que foi ouvido pelo Metrópoles. O grupo, formado por integrantes das polícias Civil, Militar e Científica, concentra seus esforços nos mandantes do assassinato. A suspeita é que eles tenham ligação com o PCC.

Gritzbach foi morto com 10 tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro. Anos antes, ele havia sido “condenado” à morte pela facção, apontado como o responsável pelo homicídio do líder do PCC Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, e seu motorista, Antônio Corona Neto, em dezembro de 2021.

O corretor de imóveis, que era réu por lavar dinheiro para a facção, teria dado um golpe em Cara Preta, desviando parte de um investimento do PCC em criptomoedas.

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Câmera Record/Reprodução

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Gritzbach foi solto em 7 de junho

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Segundo MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

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Empresário foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ

Divulgação

 

Para um integrante da força-tarefa ouvido pela reportagem, o mandante da morte de Gritzbach teria ligação com Cara Preta.

Até o momento, foram divulgadas as identidades de dois suspeitos de envolvimento no homicídio. Kauê do Amaral Coelho e Matheus Augusto de Castro Mota são acusados de atuar como olheiros, fornecendo aos atiradores informações sobre o desembarque de Griztbach.

A força-tarefa também divulgou retrato falado de um dos atiradores. Imagens de câmeras de segurança flagraram dois deles caminhando pelas ruas de Guarulhos após o ataque. Na gravação, de qualidade ruim, é possível vê-los embarcando no ônibus 3235 da Viação Campo dos Ouros, no bairro Jardim Cocaia.

Policiais envolvidos

Além de integrantes do PCC, também estão na mira da força-tarefa policiais militares e civis. No momento da execução, um grupo de PMs era encarregado de fazer segurança privada de Gritzbach.

Três deles, no entanto, estavam em um posto de gasolina próximo ao aeroporto quando o ataque começou, supostamente por causa de problemas mecânicos em uma das caminhonetes usadas no transporte do grupo. Oito policiais militares foram afastados.

No caso dos policiais civis, as suspeitas giram em torno de agentes citados por Gritzbach em sua delação premiada ao Ministério Público de São Paulo. Na delação, o corretor acusou policiais civis que atuavam no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de extorqui-lo para livrá-lo da investigação sobre a morte de Cara Preta.

Em 31 de outubro, oito dias antes de ser morto, Gritzbach prestou depoimento à Corregedoria da Polícia Civil e reafirmou as acusações.

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