Espaço funciona de terça a sexta-feira, das 11h às 17h, e no sábado, das 9h às 17h. Suspeito foi preso no início da tarde de sábado (15) e teve prisão convertida em preventiva. Vídeo flagra momento em que homem invade Museu de Artes e Ofícios
Após ser furtado, o Museu de Artes e Ofícios, no Centro de Belo Horizonte, reabrirá normalmente nesta terça-feira (18). O espaço funciona de terça a sexta-feira, das 11h às 17h, e no sábado, das 9h às 17h.
Ao todo, 17 peças foram levadas. A ação criminosa durou menos de dez minutos (veja vídeo acima).
Segundo a diretoria do museu, todos os artigos levados pertencem ao acervo de carpintaria, como formões, pequenos martelos e canivete. Até o momento, apenas uma peça foi recuperada. Elas não têm valor financeiro, mas sim histórico e cultural.
Invasão
Imagens mostram suspeito invadindo Museu de Artes e Ofícios.
Reprodução
Nas imagens é possível ver a hora exata em que o suspeito passa por uma janela quebrada, exatamente às 6h43. Nove minutos depois, pela mesma janela, ele é flagrado retornando com as peças furtadas.
O suspeito foi preso em flagrante no início da tarde deste sábado (15) e a prisão foi convertida em preventiva – quando não há tempo determinado.
O arrombamento foi depois das 6h. O homem quebrou um do vidros do museu para ter acesso às obras.
Vídeo mostra homem saindo com objetos do Museu de Artes e Ofícios
A principal doadora do museu, Angela Gutierrez, disse que recebeu com “tristeza e desânimo” a notícia do crime.
“Um ato de total desrespeito a uma coleção importante que representa tanto para a cultura mineira e brasileira”, disse.
A investigação está sendo feita pelas polícias Federal e Civil, porque o acervo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Suspeito quebrou vidro para acessar museu em Belo Horizonte
Sesi Fiemg/ Divulgação
Museu de Artes e Ofícios
O Museu de Artes e Ofícios está aberto ao público desde janeiro de 2016, instalado na antiga Estação Ferroviária Central de Belo Horizonte. Foi criado, segundo seus organizadores, a partir da doação de mais de 2,5 mil peças que retratam o período pré-industrial brasileiro.
“Celebra a riqueza da produção popular, dos fazeres, dos ofícios e das artes que deram origem às profissões que conhecemos hoje”, destaca a gestão do museu, complementando que a sua implantação impulsionou a requalificação da Praça da Estação, marco inaugural da capital.
Além disso, o Museu conta a história de dezenas de atividades profissionais que deram origem à indústria de transformação em Minas Gerais. São 2,5 mil peças originais dos séculos XVIII ao XX, entre instrumentos, utensílios, ferramentas, máquinas e equipamentos. “Elas representam antigos ofícios em setores tradicionais como: mineração, lapidação e ourivesaria, alimentício, tecelagem, energia e curtumes”.
A narrativa do museu, ainda segundo os organizadores, remonta às origens dos processos fabris, em sua confluência com as artes manuais, o artesanato e a manufatura, valorizando a trajetória da industrialização mineira e as habilidades de seus trabalhadores.
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