São Paulo – Candidato à Prefeitura da capital, Guilherme Boulos (PSol) criticou novamente o prefeito Ricardo Nunes (MDB) por suposta omissão diante da falta de luz em diversos domicílios da cidade e relembrou uma proposta do emedebista para que a população arcasse com parte do custo de enterramento dos fios elétricos caso houvesse interesse.
“Isso apareceu na boca do Ricardo Nunes, que propôs uma taxa para a população. Agora que é época de eleição, ele não teve coragem de propor isso de novo”, disse Boulos, nesta terça-feira (15/10), durante evento em hotel do centro para apresentar propostas para lidar com as questões da chuva na cidade.
Em novembro do ano passado, após um temporal que deixou milhares de pessoas sem energia elétrica por dias, Nunes chegou a sugerir que moradores interessados em enterrar os fios pudessem arcar com uma parte do custo de forma voluntária, enquanto a Prefeitura pagaria o restante.
Diante da repercussão negativa, Nunes disse que a fala foi mal interpretada e que ele não propôs nenhuma taxa extra, mas sim uma solução a quem estivesse interessado em pagar, já que o custo de enterramento dos fios, ainda segundo o prefeito, seria muito caro os cofres públicos.
Boulos afirmou nesta terça que, caso seja eleito, vai zerar os pedidos por podas de árvores na cidade e disse que irá propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma parceria para pagar o enterramento dos fios nas áreas de maior urgência.
“Vou pedir apoio do presidente Lula e do governo federal para tirar esse plano do papel. Não é um plano barato, não é um plano rápido, mas precisa ser feito. E vai ser feito com ajuda do governo federal”, disse o psolista.
Boulos utilizou o evento para anunciar que entrará com uma ação coletiva contra a Enel, concessionária de energia elétrica, exigindo a reparação de danos e perdas de pessoas físicas e jurídicas que sofreram com a falta de luz desde a chuva de sexta-feira (11/10).
O psolista afirma que o apagão tem “dois responsáveis, uma mãe e um pai”, se referendo à Enel e à gestão Ricardo Nunes.
“Tivemos mais gente sem luz por causa de uma chuva que durou menos de uma hora do que na Flórida por causa do furacão Milton”, afirmou.