Ansiedade e depressão foram as maiores causas de afastamentos do trabalho registrados no Distrito Federal nos últimos anos. Em média, no ano passado, houve três afastamentos por dia devido a esses episódios.
De acordo com dados do Ministério da Previdência Social, em 2022 e 2023, pelo menos 859 e 1.244 trabalhadores do DF, respectivamente, foram afastados das funções por causa de doenças mentais.
De acordo com as regras vigentes atualmente, se o trabalhador for diagnosticado com depressão, o médico responsável pelo paciente pode recomendar o afastamento do trabalho para tratamento.
Caso o atestado médico for válido por menos de 15 dias, não é necessário acionar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e o pagamento do salário continua sendo responsabilidade do empregador.
Em relação à ansiedade, a regra é a mesma, e, se o trabalhador precisar ser aposentado por causa do transtorno, ele é classificado como inválido.
Para o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, o adoecimento dos trabalhadores é algo que cresce a cada ano. Segundo ele, o afastamento é justificável, uma vez que as pessoas precisam de tempo para terem uma melhora do quadro depressivo ou de ansiedade.
“Justifica e muito porque, paralelamente a isso, estamos vendo um número enorme de pessoas que estão se suicidando. E são pessoas que muitas vezes não têm acesso ao tratamento de algum transtorno. E se não tem acesso, como vão melhorar?”, questiona.
Ele explica que a depressão, quando moderada ou grave, pode se tornar um incapacitante para que a pessoa siga uma rotina no dia a dia. E a ansiedade, também.
“A pessoa precisa de acompanhamento e tratamento. Transtorno de pânico, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) são alguns exemplos de transtornos que se enquadram na ampla classificação da ansiedade e que atrapalham a execução das atividades do dia a dia”.
Os servidores públicos também sofrem com o adoecimento mental. Em 2023, o Metrópoles mostrou que, nos primeiros quatro meses do ano, mais de 10,3 mil servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) precisaram de atestados de afastamento do trabalho. Grande parte desses servidores eram técnicos em enfermagem.
Na época, os técnicos em enfermagem correspondiam a 38,35% dos servidores afastados do trabalho por questões de saúde nos primeiros 4 meses de 2023 — equivalente a 3.985 profissionais.
Em um ano, 2 mil atestados de servidores foram negados após perícias
Já em relação aos servidores da Educação, mais de 5.178 funcionários precisaram de atestados médicos. Desses, 26,31% ausentaram-se do trabalho para cuidar de transtornos mentais, e 84,4% eram professores.
Em novembro do ano passado, a Lista de Doenças relacionadas ao Trabalho (LDRT) foi atualizada pelo Ministério da Saúde. De 182 patologias, a lista passou a contar com 347 condições, incluindo burnout, depressão, ansiedade, abuso de drogas e tentativas de suicídio.
1 Card- como fugir do burnout em 2022 copiar
Como evitar um burnout no trabalho
Yanka Romão/Metrópoles
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