A advogada Amanda Partata, 31 anos, indiciada pelo duplo homicídio do ex-sogro Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e da mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86, agiu com naturalidade dias antes do crime. A investigação da Polícia Civil de Goiás mostra que no dia 15 de dezembro, dois dias antes da mulher envenenar os familiares do ex-namorado, ela comprou cerca de R$ 3 mil em vestidos em uma loja de grife.
A polícia refez o trajeto da mulher nos dias que antecederam o crime. O veneno foi adquirido por Amanda pela internet no dia 8 de dezembro, data em que em conversou por aplicativo de mensagem com o ex-namorado, o médico Leonardo Filho. No diálogo, ela perguntou qual era o maior medo dele.
Quando ele respondeu que o seu maior medo era morrer, Amanda rebateu: “Morrer? Você tem mais medo de morrer que de perder (no sentido morrer) quem você ama?”.
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A mulher chegou a Goiânia no dia 14 de dezembro. Ela saiu de Itumbiara, município a 209 quilômetros da capital, e ficou hospedada em um hotel em um bairro nobre da capital.
No dia seguinte, foi à academia pela manhã, saiu do hotel, retornou no início da tarde e saiu novamente por volta das 16 horas. É neste momento que ela vai a uma loja de roupas. Amanda volta ao hotel cerca de uma hora depois.
No dia seguinte, Amanda esteve novamente na academia. No fim da manhã, recebeu um pacote de papelão com o veneno que havia sido encomendado no dia 8 de dezembro. No dia 17, data do crime, a advogada foi a um supermercado cedo e comprou o alimento contaminado por ela no hotel e levado à casa da família do ex-namorado.
Conforme os investigadores, o sentimento de rejeição pelo término do namoro com médico Leonardo Filho e a vontade de causar o maior sofrimento possível a ele foram as motivações de Amanda.
“Ela acreditava que o maior medo do ex-namorado era de perder os familiares”, disse o delegado Carlos Alfama, responsável pelo caso, nesta sexta-feira (29/12).
Amanda vai responder pelo duplo homicídio qualificado, por motivo torpe, e por envenenamento. Ela ainda foi indiciada pela tentativa de homicídio qualificado do marido de Luzia, que também estava no café da manhã.
Mãe e filho morreram em 17 de dezembro, após terem vômito, diarreia e dores abdominais, horas depois da refeição com a acusada. O laudo da perícia da PCGO apontou que as mortes foram causadas por uma substância altamente tóxica introduzida em dois bolos de pote.
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