Exibido no 27º Tallinn Black Nights Film Festival (PÖFF) na Estônia no ano passado, A Filha do Pescador chegou aos cinemas brasileiros nessa quinta-feira (18/7). O drama, que explora a delicada relação entre um duro pescador e sua filha transexual, é uma coprodução internacional, que envolve Brasil, República Dominicana, Colômbia e Porto Rico, e marca a estreia do diretor colombiano Edgar De Luque Jácome na direção de longas-metragens.
“Vejo A Filha do Pescador como uma história universal sobre aqueles que têm que enfrentar seus demônios e resolver suas diferenças mais profundas num contexto simples e poderoso, como é o mar, que, com sua corrente, os leva até a margem, até uma segunda chance”, explica o diretor Jácome em entrevista ao Metrópoles.
A trama segue Samuel, um pescador que vive sozinho em uma ilha isolada no Caribe colombiano. Um dia, seu filho Samuelito, agora uma mulher trans chamada Priscila, retorna à ilha após 15 anos de separação. A relação entre os dois, marcada por mágoas do passado e desafios presentes, é explorada em meio ao cenário majestoso e simbólico do mar.
“A história vem de uma reflexão pessoal sobre Santa Marta, minha cidade, e de um documentário que fiz sobre a comunidade trans local”, revela Jácome. “Quis retratar esses dois grupos humanos invisibilizados que, apesar das diferenças, compartilham a marginalização”, completa.
Para o diretor, o mar, onipresente no filme, é mais do que um pano de fundo. “Para mim, este filme é uma homenagem ao mar. As pessoas que vivem perto do mar entendem a conexão que temos com ele. No filme, o mar está sempre presente; em 80% do tempo, o mar pode ser visto na imagem e sempre é ouvido”, comenta Jacomé.
Desde sua estreia mundial em Tallinn, o filme tem colecionado boas reações. “É uma história muito emocionante e madura, de um jovem realizador, que dialoga com amplas plateias porque trata de algo absolutamente universal, que é a relação entre pais e filhos”, comenta Rodrigo Letier, produtor da produtora brasileira Kromaki.
A estreia comercial no Brasil e a projeção especial no Bonito CineSur (Festival de Cinema Sul-americano de Bonito), no dia 26 de julho, são aguardadas com grande expectativa pelo diretor: “Espero que o público veja a humanidade dos personagens e reflita sobre as relações familiares e a identidade”.
O filme é um exemplo de cooperação internacional no cinema, envolvendo quatro países. “Foi um processo enriquecedor. Tive a oportunidade de aprender e entender como se trabalha para realizar um filme a partir de lugares diferentes. A República Dominicana, a Colômbia, Porto Rico e o Brasil contribuíram significativamente, cada um em momentos diferentes do processo, desde a filmagem até a pós-produção”, garante o diretor.
O filme também busca contribuir para a discussão sobre diversidade e aceitação. “O filme trata sobre como a comunidade LGBTIQ+ era vista na década de 90, em um contexto machista e homofóbico. Espero que ele possa ser uma janela para esse mundo, que ainda hoje enfrenta muitos desafios.”
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