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10 desenhos que você assistia quando era criança, mas envelheceram mal

O tempo não impediu que títulos como A Vaca e o Frango, As Tartarugas Ninja, Pokémon e Os Flintstones apresentassem elementos datados em suas narrativas; saiba onde reassistir Muitos desenhos que foram campeões de audiência na época de lançamento hoje se tornaram peça de museu para grande parte do público atual. Com o grande número de produções saindo no streaming, mais opções de mídia de entretenimento e evolução da construção narrativa de filmes e séries, é comum o público atual olhar para desenhos como A Vaca e o Frango (1997), As Tartarugas Ninja (1987), Pokémon (1997) e Os Flintstones (1960) com uma certa indiferença. Para quem quer reassistir essas produções, elas estão disponíveis em streamings como Max (HBO Max) e Netflix.
Na lista a seguir, você vai revisitar as 10 principais animações de sucesso dos anos 1980, 1990 e 2000 que hoje já não são tão atrativas assim. Se mesmo assim você quiser revê-las, em cada um dos tópicos você fica por dentro das plataformas de streaming para assistir todas elas.
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Primeira animação das Tartarugas Ninja é tida hoje como uma relíquia dos anos 1980 que merece ficar no passado
Reprodução/The Movie Database
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Relembre os 10 desenhos de sucesso na sua infância que envelheceram mal.
Os Flinstones (1960)
Pokémon (2000)
A Vaca e o Frango (1997)
Jhonny Bravo (1997)
Meu Amigo da Escola é um Macaco (2005)
As Tartarugas Ninja (2012)
X- Men: Evolution (2000)
Dragon Ball Z (1989)
Thundercats (1985)
Bônus: Os Smurfs (1981)
1. Os Flinstones (1960)
A família pré-histórica mais famosa da cultura pop vive hoje na memória de muitos fãs das antigas que acompanharam o show dos estúdios Hanna-Barbera tanto na TV como nos cinemas, quadrinhos, videogames e outras mídias. A família que intitula o show vive em uma realidade anacrônica onde a Idade da Pedra se mistura com a contemporaneidade. O casal Fred e Wilma Flintstone vive com a filha Pedrita em uma casa suburbana ao lado dos vizinhos e melhores amigos Barney e Betty Rubble, pais do pequeno Bamm-Bamm.
Espécie de Os Simpsons dos anos 1960, Os Flintstones inovou a TV estadunidense ao oferecer um retrato satírico da vida de classe média em um contexto aparentemente infantil. Hoje disponível no Max, a série se tornou uma cápsula do tempo de outra era. Diferente do Scooby-Doo, colega de Hanna-Barbera famoso até hoje, o desenho encontra-se tão datado e esquecível que o spin-off Yabba Dabba Dinossauros, lançado em 2021 também para o Max, passou completamente despercebido entre os fãs.
The Flintstones é uma animação clássica da Hanna-Barbera que voltou a ser exibida no Cartoon Network
Reprodução/JustWatch
2. Pokémon (1997)
Com exceção de Os Flintstones, nenhum outro desenho desta lista se tornou uma sensação midiática tão grande quanto Pokémon. Baseada nos jogos da Nintendo para Game Boy, a série rendeu pelo mundo uma verdadeira “pokémania” que perdurou por anos entre as crianças e adolescentes de todo o mundo. O show é protagonizado pelo trio Ash, Misty e Brock, um grupo de adolescentes que partem numa jornada para capturar Pokémons e se consagrarem os melhores treinadores.
Não é ofensa nenhuma afirmar que Pokémon é, assim como foi He-Man e Transformers, um produto de marketing para vender brinquedos. Isso está diretamente ligado ao enredo ad infinitum que a série desenrola desde 1997, onde o protagonista sai para caçar Pokémons, entra em batalhas, conhece novos Pokémons, entra em novas batalhas, e assim sucessivamente. Tal componente narrativo deixou de ser atrativo com o tempo, sem contar as questões éticas que envolvem os duelos de criaturas pouco conscientes do que fazem. Vale lembrar que o longa está disponível na Netflix.
A febre de Pokémon nos anos 2000 já não se reflete nos dias de hoje
Reprodução/The Movie Database
3. A Vaca e o Frango (1997)
Uma das animações que inauguraram o canal Cartoon Network mundialmente foi A Vaca e o Frango, criação de David Feiss (O Bicho Vai Pegar 4) que hoje está na Max. A premissa do show está na irmandade improvável de dois animais adolescentes antropomórficos: a Vaca, uma menina ingênua, meiga e destrambelhada; e o Frango, irmão mais velho completamente cínico e que humilha a irmã em certos momentos. Os dois constantemente são perturbados pelo Bum Defora, um demônio ardiloso que não tem pudores em deixar à mostra o motivo do seu nome.
Só de observar o principal antagonista de A Vaca e o Frango já dá para perceber que a obra por vezes ultrapassa a linha do que pode ser considerado infantil. Nudez de personagens, piadas de duplo sentido e retratação pejorativa de homossexualidade fizeram a animação parecer radical nos anos 1990. Porém, as piadas cínicas do desenho continuam inadequadas entre as crianças. Já entre os adultos, o mesmo conteúdo não parece ser muito subversivo.
A Vaca e o Frango aposta em um humor absurdo que, em alguns momentos, acena ao público adulto
Reprodução/JustWatch
4. Johnny Bravo (1997)
“Hétero top” muito antes da popularização do termo, Johnny Bravo foi mais uma animação da Cartoon Network que apelava para o absurdo e temáticas levemente adultas. Disponível na Max, o show criado por Van Partible é protagonizado pelo personagem-título, um homem completamente narcisista e mulherengo que não resiste ao charme de uma mulher atraente. O problema é que, mesmo se achando um máximo, nenhuma mulher parece interessada em dar atençãoao rapaz.
Não precisa viajar muito para descobrir que Johnny Bravo é uma caricatura de tinta grossa sobre o lado inconveniente do homem metido a galanteador. Porém, muitos fãs da época não entenderam a piada e colocaram o personagem num altar de reverência. Mesmo não sendo tão tóxico quanto Pepe Le Gambá, o gambá assediador excluído da Looney Tunes, Bravo possui um desenvolvimento narrativo tão fraco que o personagem não chega a surpreender em seus 65 episódios. Algo inaceitável para o público de hoje.
Os fracassos de Johnny Bravo em ser sedutor com as mulheres garantem a comédia do seriado
Reprodução/JustWatch
5. Meu Amigo da Escola é um Macaco (2005)
Nos anos 2000, o Cartoon Network continuou a exibir novos desenhos com temáticas absurdas e surrealistas que se tornaram a identidade do canal. Uma delas é Meu Amigo da Escola é um Macaco, criação do casal Timothy Cahill e Julie McNally Cahill, que está no catálogo da Max.
O enredo acompanha a rotina improvável de Adam Lyon em uma escola voltada para animais antropomórficos. O melhor amigo do protagonista na escola é Jake, um símio falastrão e extrovertido. Apesar de apoiada em em um evento inusitado, o restante da história de Meu Amigo não chega a ser muito surpreendente, o que faz da série uma atração repetitiva e dispensável após a primeira temporada.
Meu Amigo de Escola é um Macaco é carregado de humor absurdo e surreal típico do Cartoon Network
Reprodução/The Movie Database
6. As Tartarugas Ninja (2012)
As Tartarugas Adolescentes Mutantes Ninja (ou Tartarugas Ninja, para os íntimos) rende até hoje adaptações nos cinemas, quadrinhos, games e demais mídias. A obra surgiu inicialmente nas HQs independentes da dupla Kevin Eastman e Peter Laird. Como o conteúdo original era demasiadamente sombrio e violento, a adaptação da história para a TV seguiu um rumo mais infantil. As quatro tartarugas (Leonardo, Michelangelo, Rafael e Donatelo) de fato se comportavam como adolescentes atrapalhados que eram disciplinados pelo rígido Mestre Splinter, outro animal antropomórfico.
Vale lembrar que a primeira adaptação para a TV é de 1987. Na época, produções de artes marciais feitas nos Estados Unidos eram carregadas de clichês. E Tartarugas Ninja não era diferente. Outro ponto é a comédia pastelona que permeia os episódios e, para alguns, ainda são engraçados, mas funcionam muito pouco para a nova audiência. Na dúvida, acompanhe a série As Tartarugas Ninja: Histórias Mutantes, lançada nesse ano no Paramount+.
As Tartarugas Ninja de 1987 pode ser inassistível para alguns espectadores de hoje
Reprodução/The Movie Database
7. X-Men: Evolution (2000)
As aventuras de X-Men: Evolutions serviram de alívio para quem estava sedento por novas histórias dos heróis mutantes após a primeira série animada, de 1992. A nova versão teve produção da Marvel em parceria com a Warner Bros. (daí a inclusão da série no Max e não no Disney+). O conteúdo continuava o mesmo da série anterior, mostrando a luta de Charles Xavier pela aceitação dos mutantes em todo o mundo. Conflito esse atrapalhado por Magneto e seu grupo de dissidentes.
O foco maior, no entanto, são as relações interpessoais do núcleo jovem de ambos os lados do conflito. Para quem esperava as histórias mais maduras e ação frequente da animação anterior, ficou um pouco decepcionado com as subtramas juvenis e insossas que deixaram X-Men Evolution com “cara de Malhação”.
X-Men Evolution foca mais nas relações interpessoais do núcleo mais jovem da Escola Xavier
Reprodução/The Movie Database
8. Dragon Ball Z (1989)
Depois de um começo mais infantil nos mangás e animes, o heroi Goku deu uma amadurecida na fase Dragon Ball Z. Ainda apoiada nos mangás do saudoso Akira Toriyama, morto em março desse ano, a trama presente no Amazon Prime Video acompanha o protagonista Goku descobrindo sua verdadeira identidade: ele é um alienígena do planeta Sayajin, habitado por guerreiros conquistadores. Após essa descoberta, uma série de inimigos, mas também aliados, protagonizam batalhas frenéticas e destrutivas ao seu lado.
É inegável que a ação de Dragon Ball Z seja cativante até hoje. Mas o anime não está imune de alguns vícios narrativos que já não funcionam atualmente. O primeiro deles é prolongar por muitos episódios o desfecho das batalhas, inserindo subtramas insuficientes para manter o espectador engajado até o final. Outra questão é que a violência e piadas sexuais do desenho são bastante inadequadas para o público infantil de hoje.
Dragon Ball Z ficou marcada negativamente pela narrativa que se arrasta por tempo demais em momentos decisivos
Reprodução/The Movie Database
9. Thundercats (1985)
Um dos desenhos mais alucinantes dos anos 1980 e que continua influente até hoje é Thundercats, atração criada por Tobin Wolf que hoje pode ser visto na Max. Misturando ópera espacial com fantasia mágica, o desenho acompanha os sobreviventes do planeta Thundera em um lugar desconhecido. A tripulação composta por Lion-O, Cheetara, Panthro, Tygra, WilyKit, WilyKat e Snarf encontram uma forma de fazer o novo planeta ser o seu novo lar, ao mesmo tempo em que são alvos do inescrupuloso feiticeiro Mumm-Ra.
Thundercats está carregado de simbologias dos anos 1980, e comparado aos contemporâneos He-Man e Cavalo de Fogo, se saiu muito bem em termos de desempenho técnico. Por outro lado, a trama maléfica de Mumm-Ra não se fortalece nem mesmo com os antigos espíritos do mal. Aliás, eles poderiam acabar de vez não com Lion-O, mas sim com Snarf, um gato atrapalhado cujas piadas são tão chatas quanto as do Jar Jar Binks em Star Wars: A Ameaça Fantasma (1999).
Thundercats mostra um grupo de heróis tentando proteger um artefato sagrado de seu planeta
Divulgação/IMDb
10. Bônus: Os Smurfs (1981)
Outro desenho da lista que é puro suco dos anos 1980 é Os Smurfs. Após uma transmissão na Bélgica nos anos 1960, a criação do cartunista belga Peyo chegou aos Estados Unidos com uma animação colorida e mais empolgante que rapidamente se tornou um sucesso de massa. O roteiro é singelo, mas eficiente na época. Conhecemos uma vila de gnomos azuis habitantes da floresta que são extremamente fofos e pacíficos, mas que vivem sendo perseguidos pelo vilão Gargamel.
Justamente por ser bastante simples, Os Smurfs dos anos 1980 já não soa tão cativante para as crianças de hoje em dia (e até mesmo para os adultos que acompanharam o desenho na infância). Sem contar que, num período de busca por representatividade, ver uma série com uma só personagem feminina que é sempre deixada de lado pelos homens da vila não é receita de alta audiência. Se quiser conferir algo mais atual da franquia, basta acompanhar a série dos Smurfs da Netflix e do Paramount+.
Os Smurfs é uma criação do desenhista belga Peyo
Reprodução/The Movie Database
Com informações de CBR (1, 2), IMDb, Screenrant
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