Mesmo animes clássicos como Dragon Ball Z, Pokémon, One Piece e Naruto apresentam elementos que ficaram datados e acabaram envelhecendo mal; confira a lista completa Por mais que muitos fãs não admitam, existem animes que não envelheceram bem com o passar do tempo. É notável que muitas animações japonesas são fruto da época em que foram criadas. Isso se reflete em qualidade técnica ultrapassada, histórias pouco criativas, retratação depreciativa de grupos sociais, além da violência e erotização impróprias para o público infantil, para quem, supostamente, foram produzidas. De exemplos mais notáveis, estão Dragon Ball Z (1989), Pokémon (1997) e Naruto (2002), que podem ser vistas em plataformas como Amazon Prime Video, Crunchyroll, Netflix e outras.
Para quem não lembra o que havia de tão problemático nesses e em outros animes amados pelos fãs, basta conferir a lista a seguir com 10 títulos famosos até hoje, mas que apresentam elementos datados no enredo. Confira!
🎬12 animes ecchi indispensáveis para quem gosta de temas adultos
🔔 Canal do TechTudo no WhatsApp: acompanhe as principais notícias, tutoriais e reviews
Pokémon está entre os animes que são inassistíveis nos dias de hoje
Divulgação/The Pokémon Company
📝 Como rodar serviços de streaming em um PC antigo? Saiba no Fórum do TechTudo
Confira a seguir os animes com enredos complicados de se ver hoje.
Naruto (2002)
Dragon Ball Z (1989)
Samurai X (1996)
One Piece (1999)
Ranma 1/2 (1989)
Pokémon (1997)
Fruits Basket (2001)
Darling in the Franxx (2018)
Suzumiya Haruhi no Yuutsu (2006)
Bônus: Astro Boy (1963)
1. Naruto (2002)
O anime inspirado nos mangás de Masashi Kishimoto fez parte da tríade de animes shonen (voltado para adolescentes e jovens) que dominou os anos 2000, junto com Bleach e One Piece. As aventuras do garoto ninja Naruto e seus amigos, Sasuke e Sakura, renderam 220 episódios que, hoje, podem ser vistos na íntegra no Crunchyroll e Netflix. No enredo, vemos a predestinação de Naruto em ser o quinto hokage de sua vila em meio a ameaças externas de ninjas mais poderosos e maléficos.
O que faz de Naruto um tanto difícil de assistir para alguns dos fãs que acompanharam na época de lançamento — e até mesmo para os novos interessados — é a narrativa lenta que demora a trazer ação. Isso ocorre, em grande parte, por conta da grande quantidade de episódios fillers, nos quais são inseridos conteúdos que não estão nos mangás. O mesmo problema foi visto em Naruto Shippuden, segunda parte da saga focado na adolescência dos personagens.
Na visão de muitos fãs, Naruto apresenta episódios fillers desnecessários
Reprodução/IMDb
2. Dragon Ball Z (1989)
Fazer qualquer crítica à obra magna do mangaká Akira Toriyama, morto em março desse ano, é entrar em um terreno delicado para a grande maioria dos otakus. As aventuras de Goku e os guerreiros Z dominaram as manhãs de muitos brasileiros entre os anos 1990 e 2000. Nas quatro temporadas da série, vemos a luta de Goku contra inimigos poderosos, sejam eles vindos do espaço ou criados por cientistas demoníacos.
Apesar de nostálgico para muitos, até o mais assíduo fã reconhece que a série apresenta problemas narrativos: histórias desnecessárias, subtramas idem, batalhas que levam dezenas de episódios para serem concluídas e personagens que morrem e são ressuscitados para cair no limbo depois. Isso sem contar as cenas de tortura, mutilação, morte, desmembramentos e até assédios sexuais que deixam o anime impróprio para o público infantil de hoje. Disponível no Amazon Prime Video, o anime é recomendado para maiores de 14 anos.
As cenas de violência de Dragon Ball Z não são recomendadas para o público infantil de hoje
Divulgação/IMDb
3. Samurai X (1996)
Himura Kenshin, o espadachim mais carismático da cultura pop, foi sucesso nas manhãs da Rede Globo no começo dos anos 2000, graças às transmissões na TV Globinho. Além de uma série bem-sucedida de mangás, Samurai X (ou Rurouni Kenshin, no original) também inspirou OVAs, animes e filmes live-action. No anime de 1996, que está no Oldflix e no Crunchyroll, vemos como o samurai errante Himura Kenshin, antes conhecido pela alcunha de “O Retalhador”, tenta recomeçar sua vida após um passado carregado de mortes.
Se comparado a outros animes dessa lista, Samurai X apresenta pouquíssimos problemas narrativos. O que doeu para muitos fãs foi a revelação de que Nobuhiro Watsuki, autor e ilustrador da série, era colecionador de pornografia infantil. Segundo informações do site americano Comic Book, Watsuki foi detido pela polícia de Tóquio em novembro de 2017 com um vasto conteúdo impróprio armazenado em DVDs. O mangaka pagou uma fiança de ¥ 200 mil ienes (cerca de R$ 6 mil, na época) e foi liberado.
O legado de Samurai X foi prejudicado depois que o criador da obra foi detido por posse de pornografia infantil
Reprodução/The Movie Database
4. One Piece (1999)
Junto com Naruto (2002) e Bleach (2004), One Piece deu novo gás aos animes shonen do terceiro milênio. Atenta a isso, a Netflix reuniu em seu catálogo não só o quilométrico anime, como também filmes, especiais e uma série live-action. Em um mundo habitado por piratas de diversas nações, o jovem Monkey D. Luffy quer se tornar o rei de todos eles conquistando um tesouro escondido ao lado de sua tripulação composta por guerreiros únicos. Até conseguirem tal feito, o grupo esbarra em aventuras por nações controladas por tiranos.
Entre os mais de mil episódios lançados de 1999 até hoje, um problema discutido há tempos em One Piece é a retratação feita por Oda de mulheres e personagens LGBTQIA+. Algumas personagens femininas são representadas com atributos muito avantajados e trajes minúsculos. Por outro lado, travestis, transsexuais e outros personagens LGBTQIA+ são mostrados como pessoas bizarras, afetadas e espalhafatosas. Como o próprio anime envereda pelo bizarro, existe entre os fãs a dúvida sobre o que o autor da série quer mostrar com essas representações.
Forma como One Piece retrata pessoas LGBT é um dos pontos de fragilidade do anime
Reprodução/IMDb
5. Ranma 1/2 (1989)
Obra da mangaká Rumiko Takahashi, Ranma 1/2 se tornou uma peça cult entre os otakus mais old school. O enredo cacompanha Ranma Saotome, um dedicado estudante de artes marciais. Durante uma viagem, ele é amaldiçoado que o faz se transformar em mulher toda vez que ele se molha com água fria. O processo é revertido temporariamente com água quente. Enquanto a maldição não desaparece, Ranma se envolve em um casamento arranjado com Akane Tendo, filha do melhor amigo de seu pai.
Ranma 1/2 teve diferentes adaptações para a TV, videogames e cinema. A versão mais recente delas é uma série animada disponível na Netflix. Enquanto essa produção possui, até o momento, 21 episódios, o anime original (indisponível no Brasil) possui 161 divididos em sete temporadas. No entanto, 59 episódios são fillers, o que corresponde a 36% do show. Além desse fato um tanto desagradável para os puristas, Ranma 1/2 ainda se apoia no subgênero harem, onde um personagem masculino vive comédias românticas (e um tanto eróticas) com diversas mulheres. Para muitos otakus, essa perspectiva narrativa, famosa nos anos 1980 e 1990, ficou datada.
Ranma 1/2 é portagonizado por um lutador de artes marciais que se transforma em mulher quando entra em contato com água quente
Reprodução/The Movie Database
6. Pokémon (1997)
Quem viveu a infância indiferente à febre do Pokémon no começo dos anos 2000 provavelmente cresceu longe dos meios de comunicação de massa. O fenômeno japonês esteve presente em diversas mídias e continua influente até hoje. A criação do designer de jogos Satoshi Tajiri esteve presente não só nos consoles da Nintendo como também na TV. A série homônima é protagonizada pelo trio Ash, Misty e Brock, que partem numa jornada para capturar criaturas com poderes especiais.
De 1997 até hoje, a franquia teve diversos protagonistas, antagonistas e pokémons, tanto nos games como nas adaptações para TV e cinema. Mas a narrativa continuou a mesma por décadas. Isso fez com que a antiga geração de fãs ficasse saturada, ao mesmo tempo que as novas já não estavam tão empolgadas quanto nos anos 1990 e 2000. Sem contar que capturar bichinhos fofos e pouco autoconscientes para jogá-los em duelos onde eles são espancados, molhados, arremessados, envenenados e eletrocutados sob o olhar de seus treinadores já não parece muito atrativo nos dias de hoje.
Após apresentar centenas de pokémons aos público, franquia de animes e games ficou saturada entre o público
Reprodução/The Movie Database
7. Fruits Basket (2001)
Fruits Basket é uma das animações mais lembradas entre os fãs de produções shōjo (voltadas ao público feminino), muito por conta do romance e do melodrama adolescente que são o tempero da obra. A protagonista é Tohru Honda, uma jovem que vai morar na casa da família Sohma depois de vivenciar situações pessoais trágicas e inesperadas. Ela descobre por meio de Yuki, o garoto mais popular de sua escola, que os Sohma sofrem uma maldição que os transforma em animais do horóscopo chinês sempre que são abraçados por alguém do sexo oposto.
Apesar de estar sempre na memória dos fãs mais antigos, é preciso admitir que o remake de Fruits Basket, feito em 2019 e disponível na Netflix, é bem mais assistível que a versão antiga. Isso porque a nova adaptação dos mangás de Natsuki Takaya possui atributos artísticos mais modernos e sua narrativa é bem mais trabalhada que na primeira animação. Tanto que a atual versão recebeu o prêmio de “Anime do Ano” na oitava edição do Anime Trending Awards, em 2022.
As duas versões de Fruits Basket estão no Crunchyroll
Reprodução/The Movie Database
8. Darling in the Franxx (2018)
Um dos títulos modernos conhecidos dentro do gênero meccha é Darling in the Franxx, criado pelo coletivo Code:000, inicialmente para a TV. Diferente de outras produções, Darling in the Franxx é mais centrado no romance e drama. Disponível no Crunchyroll, o seriado se passa em um futuro onde a civilização se organizou em comunidades fortificadas após um evento apocalíptico.
As novas gerações desse mundo são treinadas para pilotar robôs gigantes chamados FRANXX. Eles são utilizados na guerra contra os urrossauros, organismos gigantes que ameaçam a vida dos humanos. Quem leu a sinopse já deve ter percebido a similaridade com outras tantas obras meccha, como Evangelion e Gurren Lagann. Mas a semelhança termina aí, uma vez que o enredo pouco imaginativo de Darling in the Franxx fez o show envelhecer antes da hora.
Darling in the Franxx é mais um título de mecchas a ser exibido no Crunchyroll
Reprodução/The Movie Database
9. Suzumiya Haruhi no Yuutsu (2006)
Conhecido no ocidente como The Melancholy of Haruhi Suzumiya, Suzumiya Haruhi no Yūutsu é uma série de light novels (romances ilustrados no estilo mangá) cuja adaptação para TV está disponível no Crunchyroll. A trama gira em volta da personagem-título, uma adolescente antissocial e orgulhosamente estranha que busca se relacionar com seres alienígenas, viajantes temporais e paranormais. Para isso, Haruhi cria uma “brigada” em sua escola para acolher tais tipos de indivíduos.
Anos após ter sido lançado, uma briga persiste entre os otakus até hoje: a presença do arco Agosto Infinito, onde Haruhi fica presa em um loop temporal durante o mês de agosto por oito episódios. Esse momento da segunda temporada causou um desgaste imenso entre os fãs, que se dividiram entre os que não entenderam a narrativa, mas engoliram a seco, e aqueles que consideram o arco um dos piores já feitos na história dos animes.
Arco Agosto Infinito é até hoje motivo de desaprovação entre os fãs de Suzumiya Haruhi no Yuuutsu
Reprodução/The Movie Database
10. Bônus: Astro Boy (1963)
Astro Boy é para os animes o que Mickey Mouse é para as animações ocidentais. O garoto ciborgue criado por Osamu Tezuka, o Walt Disney dos mangás, abriu espaço para que o Japão marcasse seu nome para sempre na cultura pop mundial. Tal como um Pinóquio nipônico, a história do mangá e anime é centrado em Atom, um robô com traços infantis criado por Dr. Tenma. Além de ser extremamente parecido com o filho morto de Tenma, Atom também é dotado de poderes únicos que ele usa para combater o crime.
O impacto de Astro Boy na divulgação dos mangás e animes fora do Japão é indiscutível. Mas pode-se dizer que, hoje, o anime original de 1963 é definitivamente inassistível devido às limitações técnicas que o desenho mostrava, seja no movimento nos personagens ou na falta de cores que a animação possui. Tanto a primeira versão do anime como as subsequentes estão indisponíveis no streaming.
Primeira versão de Astro Boy, lançada em 1963, foi animada em preto e branco
Reprodução/The Movie Database
Com informações de CBR, Comic Book, Fandom Wire, Fandom Spot, Forbes
🎥Amazon Prime Video: veja preço dos planos, catálogo e como funciona
Amazon Prime Video: veja preço dos planos, catálogo e como funciona
Mais do TechTudo
Initial plugin text
O caso envolvendo a ex-namorada do ex-jogador do Olimpia, que o acusa de agressão, ameaças…
A ex-namorada de um ex-jogador do clube Olimpia, do Paraguai, fez uma grave denúncia contra…
Número de corpos encontrados sobe para 13 e quatro pessoas ainda estão desaparecidas. As buscas…
Primeira parcela tem vencimento para o dia 31 de março e a sexta vence em…
Informação foi divulgada durante entrevista ao SE1 desta sexta-feira. Prefeita de Aracaju destaca dívida de…
Presidente da Câmara de Vereadores governa a cidade até fevereiro, quando o TSE decide se…