O Bitcoin caiu abaixo dos US$ 50.000 nesta segunda-feira (5), deixando diversos investidores no prejuízo. No entanto, o setor de mineração também está sendo pressionado por essa queda.
Segundo dados publicados pela F2Pool, apenas quatro modelos de ASIC estavam dando lucro aos seus donos quando o BTC atingiu seu menor preço dos últimos seis meses.
“O preço do #Bitcoin caiu mais de 20% na semana passada. Com o preço do BTC a US$ 54.000 e uma tarifa de energia de US$ 0,07/kWh, ASICs com um consumo de energia unitário de 23 W/T ou mais estão operando com prejuízo.”
⛏️ #Bitcoin price has dropped over 20% in the past week.
At a $BTC price of $54k and a power rate of $0.07/kWh, ASICs with a unit power consumption of 23 W/T or higher are operating at a loss.
View more miners here: https://t.co/IQ3u98N9D0 pic.twitter.com/GWSWxwxiJt
— f2pool 🐟 (@f2pool_official) August 5, 2024
No topo aparecem dois modelos Antminer S21 da Bitmain, um refrigerado por ar e outro por líquido, seguido por uma Avalon A1466I da Canaan e então por outra ASIC da chinesa Bitmain, uma S19 XP Hyd.
Conforme o Bitcoin subiu nesta terça-feira (6), sendo negociado por US$ 55.000, as máquinas Whatsminer MS56S++ da Microbt e a Antminer S19k Pro da Bitmain também voltaram a ser lucrativas.
De qualquer forma, fica nítido que mineradoras não estão com grandes margens de lucro após o halving.
Além do Bitcoin, ações de diversas empresas gigantes estão em queda nos últimos dias. Dado isso, grandes mineradoras estão sendo pressionadas dos dois lados e também operam em baixa.
A maior delas, a Marathon Digital, perdeu 18% de seu valor nos últimos 5 dias de negociação. Já a CleanSpark, segunda maior, viu suas ações desvalorizarem 25% no mesmo período.
Tal movimento acontece não apenas nos EUA, mas também com mineradoras listadas em bolsas da Austrália, Canadá e Singapura.
Ações de mineradoras em queda, acompanhando baixa do Bitcoin e do mercado tradicional. Fonte: CompaniesMarketCap.
Os piores números ficam para a Gryphon Digital, em queda de 38% nos últimos 5 dias e de 50% nos últimos 5 dias.
Embora algumas dessas empresas estejam pivotando para o setor de Inteligência Artificial, diminuindo sua dependência ao preço do Bitcoin, nem mesmo isso foi suficientes para salvá-las desse momento atípico do mercado.
Devido a essa pressão, um relatório da Hashrate Index aponta que mineradores já estão desligando seus equipamentos. O movimento pode ser visto pelo tempo médio dos blocos do Bitcoin, que estão demorando mais que 10 minutos.
“A modesta queda na taxa de hash levou a um tempo médio de bloco de cerca de 10 minutos e 12 segundos ao longo da semana. Estimamos uma ligeira diminuição na dificuldade de ~2% para o próximo ajuste em 14 de agosto.”
Taxa de hash do Bitcoin em leve queda. Fonte: Hashrate Index.
Conforme o Bitcoin possui um mecanismo para se ajustar automaticamente a essas mudanças de poder computacional, o usuário não deve sentir nada diferente no tempo de confirmação das transações.
Atualmente, as taxas de transação estão na faixa de 5 sat/vByte (R$ 2,15), sendo ótimo para usuários, mas sendo mais um ponto de pressão para os mineradores, que estão mais dependentes delas após terem sua recompensa-base cortada pela metade com o halving.
Fonte: Queda do Bitcoin pressiona mineradores e poucos equipamentos estão dando lucro
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