O Morgan Stanley, um dos maiores bancos dos EUA, deu luz verde para que seus 15.000 consultores financeiros passem a oferecer investimentos em ETFs de Bitcoin a seus clientes. As informações foram compartilhadas por fontes anônimas da CNBC.
Esse é o primeiro “bancão” a adotar essa estratégia. No entanto, é possível que seus concorrentes sigam o mesmo caminho.
Por exemplo, David Solomon, CEO do Goldman Sachs, elogiou o Bitcoin nesta semana, chamando-o de uma reserva de valor legítima. Já o Bank of America disse ainda em 2021 que as criptomoedas eram grandes demais para serem ignoradas.
Até mesmo o JP Morgan, comandado pelo grande crítico Jamie Dimon, publica relatórios sobre o mercado de criptomoedas há tempos e inclusive serve como “participante autorizado” em alguns ETFs de Bitcoin. Portanto, há um interesse claro nesses ativos.
O Morgan Stanley está sendo o primeiro grande banco dos EUA a reconhecer efetivamente o Bitcoin como um investimento digno de ser recomendado a seus clientes. Segundo fontes da CNBC, seus 15.000 consultores passarão a fazer isso a partir da próxima quarta-feira (7).
No entanto, a direção do Morgan Stanley continua cautelosa, emitindo diversas exigências sobre essas recomendações.
A primeira delas é que os clientes devem ter um patrimônio líquido de US$ 1,5 milhão ou mais. Em conversão direta, a quantia é equivalente a R$ 8,6 milhões. Portanto, ainda que isso possa gerar uma grande pressão compradora no Bitcoin, ainda não se trata de uma adoção generalizada.
Outro ponto é que esses mesmo clientes devem ter uma grande tolerância ao risco, devido à volatilidade do Bitcoin, diminuindo ainda mais esse número. Seguindo, tais investimentos não devem ser incluídos em contas de aposentadoria.
Por fim, o Morgan Stanley também não quer transformar ninguém em um maximalista do Bitcoin. Isso porque as contas de seus clientes serão monitoradas para que eles não tenham uma grande exposição à criptomoeda.
Os consultores financeiros do Morgan Stanley poderão oferecer apenas os ETFs de Bitcoin da BlackRock e da Fidelity, IBIT e FBTC, respectivamente, aos seus clientes. Tal escolha mostra a importância da entrada dessas duas gestoras no setor.
No entanto, os ETFs de Ethereum dessas mesmas empresas ficam de fora das possíveis recomendações do banco neste primeiro momento. Além do Bitcoin ser mais sólido, outro motivo pode estar ligado a data da aprovação dos ETFs de ETH, muito mais recente.
Por fim, embora os consultores estejam livrem para sugerir os ETFs de Bitcoin para um grupo seleto de clientes do Morgan Stanley, quaisquer outras pessoas podem fazer esse mesmo investimento caso queiram. A única restrição é a recomendação, já que o banco tem uma maior responsabilidade nesses casos.
Fonte: Morgan Stanley autoriza consultores a oferecerem Bitcoin para seus clientes, mas há um porém
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