O dólar encerrou esta sexta-feira (20/9) em alta de 1,78%, valendo R$ 5,52, interrompendo a sequência de sete quedas consecutivas. Na semana, a divisa caiu 0,83%. Segundo analistas, a moeda caiu ao longo da semana diante da expectativa de corte dos juros nos Estados Unidos, o que não acontecia desde 2020 e de fato ocorreu. O Federal Reserve (Fed) reduziu a taxa em 0,50 ponto percentual, levando-a para o intervalo de 4,75% e 5,50%.
O movimento evidencia uma maior aversão a risco por parte dos investidores. Sem dados novos econômicos nos Estados Unidos, a cotação do dólar acabou sendo impactada pela decisão do Banco do Japão de manter sua taxa de curto prazo em 0,25%. Segundo o presidente do banco central japonês, Kazuo Ueda, a economia do país está avançando de acordo com as previsões, com o aumento dos salários elevando o consumo e mantendo a inflação na meta de 2%.
A Bolsa de Valores perdeu mais de 2 mil pontos e o Ibovespa terminou esta sexta-feira em queda de 1,53%, com 131.084 pontos, voltando para o mesmo nível de 12 de agosto. No acumulado da semana, o índice registrou queda de 2,83%. O volume financeiro do índice foi de R$ 25 bilhões e na B3, R$ 33,4 bilhões.
A sessão desta sexta foi marcada pelo recuo das ações da Vale, que caíram 1,51%, a R$ 57,35,e por papéis de bancos, com destaque para as units do BTG Pactual, que contraíram 3,98%, a R$ 33,33. A queda da bolsa foi motivada pela alta da Selic, para 10,75% ao ano, levando o investidor para a renda fixa ou mesmo para investimentos no exterior.