O deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ) foi liberado na noite desta sexta-feira (20/9) após detido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMerj). Ele foi preso durante um ato de ocupação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), quando os militares invadiram o local.
A prisão ocorreu porque o deputado teria tentado impedir que a tropa de choque da PMerj entrasse do prédio da instituição de ensino. Glauber e os demais manifestantes foram atingidos por spray de pimenta.
Ao deixarem a prisão, o deputado e um grupo de estudantes fizeram uma transmissão via Instagram. Eles se revezaram nas falas para contestar a prisão e reforçar o posicionamento de união deles em prol da Uerj.
O PSol chegou a emitir uma nota sobre a prisão. O partido afirmou que foram usadas “bombas, caveirão e armas menos letais” contra o grupo. Ainda conforme o partido, Glauber estava no local para “proteção e defesa” dos manifestantes.
A prisão do deputado foi motivo reação por parte de políticos. O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), procurou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para que as prerrogativas do parlamentar preso fossem respeitadas.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, classificou a prisão como “inaceitável”. “O protesto dos estudantes é legítimo e prisão de um parlamentar no exercício do mandato é inaceitável, inconstitucional. É assim que o governo da direita do RJ trata educação e a democracia”, escreveu Gleisi Hoffmann na rede social Bluesky.